JOVENS CATÓLICOS

MUITAS VEZES DIZEM QUE OS JOVENS NÃO TEM
COMPROMISSO. POIS NÓS DIZEMOS AS VEZES NÃO QUEREM TER COMPROMISSO
CONOSCO.


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Publicado na Folha de São Paulo.

JOÃO PEREIRA COUTINHO

Caridades cristãs


EXISTE NESTE mundo um tema que é polêmica garantida: o papa. Na semana passada, num jantar, descobri o fenômeno e testemunhei uma violência inesperada. Alguém falou da visita de Bento 16 a Portugal no próximo mês. Houve indignações e desmaios à mesa. Como explicar estas reações hormonais que me espantam e divertem?

Bento 16 não é um papa qualquer, admito. Se tivesse nascido num país do Terceiro Mundo; se viesse da ala esquerda da igreja; se promovesse os temas progressistas do momento (preservativo, ordenação de mulheres, fim do celibato), talvez as reações não fossem tão extremas.

Acontece que Joseph Ratzinger é alemão. É um respeitado intelectual europeu, mesmo por pensadores seculares (como Habermas). E, em matéria de ortodoxia, foi o presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão máximo do Vaticano que defende e promove a doutrina da igreja, antes de chegar à cadeira pontifical. Será preciso dizer mais?

Alguns críticos lembram ainda os "abusos sexuais" que assolaram a instituição. Lamento desapontá-los.

A hostilidade a este papa já existia antes dos abusos. Sobreviverá a eles. Até porque os abusos existem em todas as denominações religiosas e ninguém fala do assunto. A hostilidade só tem um sentido. Um curioso sentido.

Digo "curioso" pelo motivo mais prosaico: a Igreja Católica fala para o seu rebanho. E, ao contrário de outros movimentos religiosos extremistas, não está interessada em submeter os infiéis pela força da espada. Roma evangeliza quem se deseja evangelizar.

E mesmo a sua doutrina sexual, que tanto encarniça os espíritos sofisticados, é um exemplo de modernidade e até de tolerância quando a comparamos com preceitos de outros credos. Condenar a camisinha é uma coisa. Outra, bem pior, é condenar a camisinha, apedrejar mulheres adúlteras ou enforcar homossexuais ladinos. Como sucede noutras latitudes.

Mas o circo não para. No Reino Unido, o Ministério de Relações Exteriores viu-se obrigado a pedir desculpas ao Vaticano. Conta o "Sunday Telegraph" que funcionários da instituição, instados a sugerir ideias para a visita do papa ao país (em setembro), propuseram em memorando interno uma linha de camisinhas com a marca Ratzinger; a abertura de uma clínica antiaborto; e, fatal como o destino, uma bênção papal de um casamento gay. O Vaticano pondera agora cancelar a visita.

E se assim foi na Grã-Bretanha, assim será em Portugal: informa a imprensa lusa que o papa não terá descanso quando aterrar em Lisboa. Por onde passar, existirão manifestações contra Bento 16, e grupos de jovens a distribuir preservativos e folhetins científicos sobre o perigo da AIDS.

Que dizer destes atos? Descontando a natureza infantil dessa gente, que estranhamente ainda não abandonou a idiotia própria da adolescência, o que existe nesses atos é uma paradoxal e assaz bizarra submissão à autoridade da igreja. Explico. Para um não católico, a igreja será apenas uma instituição entre várias, que legitimamente fala para quem a quiser ouvir. Um não católico não lhe reconhece autoridade especial; e não perde um minuto do seu precioso e laico tempo a tentar corrigir uma instituição a que não pertence.

E, em matéria sexual, estamos conversados: o que a igreja diz sobre a conduta privada dos seres humanos terá para um não católico a mesma importância que as recomendações da religião islâmica, ou judaica, ou hindu. Importância nenhuma.

É por isso paradoxal e bizarro o comportamento das patrulhas anticatólicas, que revelam ser o contrário daquilo que professam. Elas dizem-se "libertas" da influência apostólica romana. Mas, por palavras ou atos, limitam-se a manifestar uma obsessão com o papa que nem o mais católico dos católicos consegue exibir. Elas querem "resgatar" a sociedade da influência nociva da igreja. Mas são elas próprias que ainda se sentem "sequestradas" por uma instituição à qual reconhecem total ascendência sobre as suas vidas. As patrulhas, sem o papa, simplesmente não conseguiriam viver.

Por isso proponho: por cada camisinha distribuída durante as andanças de Bento 16, alguém deveria dar um abraço compassivo aos fanáticos, aliviando o sofrimento deles e deixando uma palavra de conforto. "Fica tranquilo, rapaz; é só o papa." A caridade cristã existe para estes momentos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Padre Fábio de Melo condena pedófilos

Celebrando missa para milhares de pessoas em evento realizado na Canção Nova, em São Paulo, o padre Fábio de Melo, hoje considerado o mais carismático sacerdote da Igreja Católica no Brasil, mostrando-se indignado com a prática de pedofilia por membros da igreja não poupou críticas aos integrantes do clero alagoano que em Arapiraca abusaram de menores e adolescentes sexualmente.

Padre Fábio de Melo que é também a grande atração da Igreja Católica, com uma agenda de apresentações preenchida até o final do ano, aplaudido por diversas vezes pelo numero público presente ao evento religioso sempre que se referia ao caso dos padres pedófilos de Arapiraca.

“O Cristo que eu anuncio não é pedófilo. Considero abomináveis esses padres que se utilizaram do poder do sacerdócio para abusar de crianças. Quanto maior é a autoridade religiosa, maior deve ser o seu zelo com a comunidade.

Citando diretamente o escândalo de Arapiraca que ganhou manchetes no Brasil e no Mundo o padre Fábio de Melo : “Usar o dinheiro do dizimo para comprar o prazer sexual com jovens é crime hediondo e assim deve ser tipificado”. A cada colocação do padre Fábio a multidão presente na Canção Nova o aplaudia com entusiasmo.

Padre Fábio de Melo disse ainda em seu sermão: “Não tenho medo de ser polêmico. Só tenho medo de não ser autêntico. Não me sinto menos padre por me vestir como um jovem nos dias de hoje. Mas posso garantir que em nenhum momento eu me esqueço do meu compromisso com Jesus. Sou padre e esta é a minha condição. De calça jeans e camiseta, sou padre, com as vestes do altar, sou padre, de boné e bermuda, sou padre. Polêmico, mas padre”.

fonte: http://tudoglobal.com/blog/capa/42310/padre-fabio-de-melo-condena-pedofilos.html

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Romaria a pé de Varginha a Aparecida.
Padre Anderson e Padre Ilsinho e os jovens de Cajuru e Jardinopolis. "Viva Nossa Senhora"


Como já acontece a mais de 50 anos, na sexta feira que antecede o Domingo de Ramos, saiu de Varginha – MG a romaria a pé de Varginha a Aparecida do Zuca. A 12 (doze) anos o padre Ilsinho, reitor do santuário Arquidiocesano do Senhor Bom Jesus da Lapa na cidade de Jardinópolis - SP, acompanha como diretor espiritual a esta romaria. E desde o ano passado o padre Anderson também iniciou esta semana de retiro entre as montanhas mineiras e o asfalto paulista rumo à casa da mãe Aparecida.

Contudo, este ano foi especial isto por que cerca de 10 jovens da cidade de Jardinópolis e de Cajuru manifestaram a vontade de realizar esta caminhada de fé. Após todas as explicações necessárias e uma preparação física e espiritual os jovens, os padres e mais de 500 romeiros colocaram o pé na estrada rumo a casa da Mãe Aparecida.

A romaria percorre mais de 200 km entre os estados de Minas Gerais e São Paulo, passando pela Serra da Mantiqueira e por paisagens que enchem os olhos de qualquer pessoa. São seis dias de caminhada passando pelas cidades mineiras de Cambuquira, Cristina, Rio Claro – Distrito de Delfim Moreira e depois pelas cidades paulistas de Piquet, Lorena, Guaratinguetá e enfim Aparecida. Por todo esse percurso o que mais podemos constatar são a solidariedade e a fraternidade; a amizade e a alegria dos romeiros.

Após seis dias de caminhada na madrugada de quarta-feira chega-se a Aparecida, por se tratar de uma romaria masculina, a segunda do Brasil em organização e numero de romeiros, as esposas, os filhos e demais amigos saem de Varginha para se encontrarem com os pais e maridos em Aparecida e assim o que se vê é uma grande celebração na casa da mãe, demonstrando a importância da família e como os laços se tornam fortes quando a fé é fundamento da construção do amor.

Após a acolhida dos padres redentoristas aconteceu a celebração eucarística e como ultimo gesto de força, de fé e devoção muitos romeiros jovens, velhos e crianças entram de joelhos até a imagem para agradecer os inúmeros benefícios recebidos de Deus pela intercessão da Mãe Aparecida.

No final fica o desejo de poder continuar com essa tradição seja pela força que se vê nos olhos das famílias, pelas paisagens que enchem os olhos, e principalmente pela alegria de poder agradecer a Deus pelo dom de nossa vida, pela saúde, pela família, pela vocação e pelo Amor que podemos demonstrar através de nossas pegadas a esse Deus que tudo fez e faz por nós. Deus não necessita deste sacrifício, mas como este sacrifico nos faz precisar de Deus.


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